Resumen El importante tema del reconocimiento, si bien empezó su carrera en la filosofía clásica con Fichte, va unido al nombre de Hegel de una manera particular: toda su obra, desde los escritos tempranos hasta la presentación definitiva del sistema en la Enciclopedia de las ciencias filosóficas, pasando por los artículos, textos y esbozos de sistema de Jena, por la Fenomenología del espíritu e incluso por algunos pasajes de la Ciencia de la lógica, se puede leer desde este registro. La tesis fuerte del concepto de reconocimiento es, en el fondo, que no se puede pensar la identidad sin la diferencia, la mismidad sin la alteridad o el yo sin el otro. Este artículo no elabora el concepto en la obra de Hegel en general, sino en la Fenomenología del espíritu en particular; allí el punto de partida es decir que el individuo crea su identidad en el reconocimiento del otro, pero lo interesante es que este concepto, tal y como Hegel lo elabora en la Fenomenología, aparece ligado a un análisis del perdón; en el reconocimiento y en el perdón la reconciliación queda como algo pendiente, e interesa acentuar la contingencia y procesualidad abierta en que deben ser vistos. Al final del análisis del perdón y del reconocimiento se gana una suerte de estructura que trasciende a toda comunidad concreta. Allí Hegel no termina señalando otra comunidad histórica, sino la comunidad en su forma absoluta. Este artículo sostiene que la razón entra en existencia en las experiencias del reconocimiento y el perdón cuando advertimos que la comunidad no es nada sustancial, sino el puro cambio y oposición, es decir, en toda aspiración humana a lo universal nos quedamos en lo particular, pero también en nuestra particularidad está lo universal. La última parte del artículo elabora desde los rendimientos alcanzados hasta allí algunas perspectivas para el análisis de la paz en Colombia. Descriptores: Colombia, comunidad, filosofía del espíritu, paz.
Abstract Fichte, is linked to the name of Hegel in a particular way: all his work, from his early writings to the definitive presentation of the system in the Encyclopedia of Philosophical Sciences, passing through the articles, texts, and sketches of the Jena system, through the Phenomenology of Spirit and even through some passages of the Science of Logic, can be read from this register. The strong thesis of the concept of recognition is, basically, that one cannot think identity without difference, selfhood without otherness or the self without the other. This article does not elaborate the concept in Hegel's work in general, but in the Phenomenology of Spirit in particular; there the starting point is to say that the individual creates his identity in the recognition of the other, but what is interesting is that this concept, as Hegel elaborates it in the Phenomenology, appears linked to an analysis of forgiveness; in recognition and forgiveness reconciliation remains as something pending, and it is interesting to emphasize the contingency and open processuality in which they must be seen. At the end of the analysis of forgiveness and recognition, a kind of structure is gained that transcends any concrete community. There Hegel does not end up pointing out another historical community, but rather the community in its absolute form. This article maintains that reason comes into existence in the experiences of recognition and forgiveness when we realize that we are nothing substantial, but pure change and opposition, that is, when we see that in our aspiration for the universal we remain in the particular, but also that in our particularity is the universal. The last part of the article returns to the results achieved and elaborates from there some perspectives for the analysis of peace in Colombia. Descriptors: Colombia, community, peace, philosophy of the spirit.
Resumo O importante tema do reconhecimento, embora tenha iniciado sua carreira na filosofia clássica com Fichte, está ligado ao nome de Hegel de uma forma particular: todo seu trabalho, desde seus primeiros escritos até a apresentação definitiva do sistema na Enciclopédia das Ciências Filosóficas, através dos artigos, textos e esboços do sistema Jena, através da Fenomenologia do Espírito e até mesmo através de algumas passagens da Ciência da Lógica, pode ser lido a partir deste registro. A forte tese do conceito de reconhecimento é, basicamente, que não se pode pensar em identidade sem diferença, em si mesmo sem alteridade ou em si mesmo sem o outro. Este artigo não elabora o conceito no trabalho de Hegel em geral, mas na Fenomenologia do Espírito em particular; aí o ponto de partida é dizer que o indivíduo cria sua identidade no reconhecimento do outro, mas o que é interessante é que este conceito, como Hegel o elabora na Fenomenologia, aparece ligado a uma análise do perdão; no reconhecimento e perdão, a reconciliação permanece como algo pendente, e é interessante enfatizar a contingência e a processualidade aberta na qual eles devem ser vistos. Ao final da análise do perdão e reconhecimento, ganha-se um tipo de estrutura que transcende qualquer comunidade concreta. Ali, Hegel não acaba apontando para outra comunidade histórica, mas para a comunidade em sua forma absoluta. Este artigo argumenta que a razão vem à existência nas experiências de reconhecimento e perdão quando percebemos que a comunidade não é nada substancial, mas pura mudança e oposição, ou seja, em cada aspiração humana ao universal permanecemos no particular, mas também que em nossa particularidade está o universal. A última parte do artigo elabora algumas perspectivas para a análise da paz na Colômbia, com base nos resultados alcançados até agora. Descritores: Colômbia, comunidade, filosofia do espírito, paz.
See how this article has been cited at scite.ai
scite shows how a scientific paper has been cited by providing the context of the citation, a classification describing whether it supports, mentions, or contrasts the cited claim, and a label indicating in which section the citation was made.