Neste artigo, analisa-se a produção de sentidos na autonarrativa de uma professora negra ao construir seus projetos identitários concernentes à trajetória escolar e profissional, aos arranjos afetivoconjugais face ao seu pertencimento racial. Define-se como questão norteadora da discussão: em que medida a docente assume posicionamentos discursivos que refletem a interação entre seus anseios pela liberdade individual e/ou a segurança que a comunidade oferece? Utilizam-se como dispositivos analíticos as teorizações foucaultianas, articuladas a estudos étnico-raciais, identitários e noções da Análise do Discurso Francesa (AD). Concluiu-se que a docente, em seus roteiros autobiográficos, se muniu de estratégias que traduzem batalhas por ela travadas ao construir seus projetos identitários, à medida que institui uma história de vida traduzida por efeitos que contradizem discursos que a história reservou a negros/as.
The present article analyses the production of meanings in the self-narrative of a black teacher while she builds her identity projects concerning her academic and professional trajectories and her affective/conjugal arrangements in face to her racial belonging. The guiding question of the discussion: in what point the teacher assumes a discursive positioning that reflects the interaction between her wishes of individual freedom and/or the safety offered by the community (BAUMAN, 2003). Foucault's theories are used as analytical tools, articulated to ethnic-racial studies, identity and notions of French Discourse Analysis. The conclusion is that the teacher, in her auto-biographical scripts, has gathered strategies witch translate battles that she waged when building her identity projects, as far as she made a life story marked by effects that contradict speeches that history has reserved to blacks.
En este artículo, se analisa la producción de sentidos en la autonarrativa de una profesora negra al construir sus proyectos identitarios concernientes a la trayectoria escolar y profesional, a los arreglos afectivo-conyugales devido a su pertenencia racial. Se define como cuestión de rumbo de la discusión: en que medida la docente asume posiciones discursivas que reflejan la interacción entre sus ansias por la libertad individual y/o la seguridad que la comunidad (BAUMAN, 2003) ofrece. Se utilizan como dispositivos analíticos las teorizaciones foucaultianas, encadenadas a estudios étnico-raciales de identidade y nociones del Análisis del Discurso Francés. Se concluye que la docente, en sus guiones autobiográficos, se sirve de estrategias que traducen batallas por ella libradas al construir sus proyectos identitarios, a medida que instituye una historia de vida traducida por efectos que contradicen discursos que la historia reservó a negros/as.
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